Jornal de Notícias de Moçambique – Julho 2014

Cidade de Angoche. Melhoram padrões de serviços hoteleiros

O PRIMEIRO hotel construído na cidade de Angoche poderá entrar em funcionamento antes do final do ano em curso, o que vai melhorar significativamente os padrões qualitativo e quantitativo de hospedagem naquela região do litoral da província de Nampula.

A infra-estrutura, cuja construção absorveu pouco mais de 21,2 milhões de meticais (o equivalente a 664 mil dólares norte-americanos) e pertencente a um grupo de investidores nacionais denominado Grupo Quirimbas, terá 42 camas e estará equipada com serviços de restaurante, entre outros.

Para o chefe dos Serviços das Actividades Económicas de Angoche, Miguel Massunda Júnior, com a entrada em funcionamento daquela unidade hoteleira, a primeira do género a nível de Angoche, a cidade irá finalmente passar a oferecer não só padrões qualitativos de alojamento, como também quantitativos, pois o número de camas deixará de ser de apenas 67 passando para 109 unidades.

“O dilema de qualquer hóspede que decide visitar a cidade e o distrito de Angoche relaciona-se com a qualidade dos serviços oferecidos pelos operadores locais” – explicou Massunda Júnior.

Com efeito, actualmente, a cidade e o distrito de Angoche são servidos por um conjunto de três pensões, nomeadamente o “Parapato”, “Mafamede” e “Sporting”. Há também residências de particulares transformadas em locais de hospedagem.

Porém, a maior parte das pensões e casas particulares de hospedagem oferecem uma qualidade de serviço abaixo da média, o que deixa a desejar para uma cidade que, nos últimos dias, tem estado a receber gente vinda de diferentes pontos da província e do país, por causa da descoberta de areias pesadas, entre outros recursos naturais.

Tirando a cidade capital provincial e portuária de Nacala, Angoche é um dos poucos municípios que reúne condições para se tornar num dos centros urbanos mais movimentados da província, especialmente em termos económicos.

Ela é servida por energia eléctrica da rede pública (produzida pela hidroeléctrica de Cahora Bassa), água canalizada e de furos mecânicos, telefonia móvel e fixa e banca.

Porém, segundo a nossa fonte, o estado precário em que se encontra a via que dá acesso àquela unidade territorial, num percurso de pelo menos 185 quilómetros, tem estado a adiar o relançamento da sua vida socioeconómica, ante o colapso do sector de processamento da castanha de caju, arroz, sisal que, no período a seguir à independência até a década de noventa, estiveram na vanguarda na oferta do emprego formal.

Actualmente, a maior parte dos 172 mil habitantes de Angoche vive da agricultura, pesca e comércio informal.

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